Ultimato

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Este é um ponto de viragem. Pela primeira vez um parlamento recusou um plano da Troika/IV Reich e vimos hoje a resposta, o BCE lançou um ultimato ao Chipre, ou aceitam o plano ou são cortados os fundos à banca cipriota. Pela primeira vez também, a maioria da população apoia a resistência à Troika de forma absolutamente consequente, uma maioria esmagadora de Cipriotas prefere abandonar o euro a submeter-se ao IV Reich. Pela primeira vez o “corralito” é aplicado na União Europeia, nada de resto que não fosse absolutamente previsível já há algum tempo.

É bastante revelador que entre uma aliança com a Rússia ou com a União Europeia, a população de um país da zona Euro prefira a Rússia… O que é que isto diz da União Europeia? Quem por algum tempo alimentou a ilusão que esta união era para ser vivida ao som da libertadora e luminosa 9ª sinfonia de Beethoven tire o cavalinho da chuva. Esta “união da tanga” marcha é mesmo ao som de “Von Finnland bis zum Schwarzen Meer“.

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Todo este processo é elucidativo  mesmo quando se tratam de “pequenos” pormenores, como seja o respeito pela verdade. Quando na sexta passada arrebentou a bomba que a garantia sobre depósitos bancários inferiores a 100 000 Euros era só coisa para alguns estados, logo vieram alguns apontar o dedo ao próprio governo Cipriota… Não morro de amores pelo governo Cipriota, mas a verdade é que como a própria imprensa alemã assume, os Cipriotas apresentaram várias propostas para evitar um imposto sobre os depósitos. Mais, o ministro das finanças de Malta afirma “O Chipre tinha uma arma apontada à cabeça na reunião do Eurogrupo” e acrescenta:  the way Cyprus was treated by some of its partners should serve as a lesson to other small euro member states. A cereja em cima do bolo é a confissão de hoje do presidente do Eurogrupo, afinal a responsabilidade pela proposta do confisco dos depósitos foi mesmo dele e do Eurogrupo, Gaspar incluído.

Este mesmo Eurogrupo, que assumiu a responsabilidade pela proposta de confisco, mesmo aos depósitos inferiores a 100 000 Euros, hoje no final da sua reunião sai-se com esta declaração: The Eurogroup reaffirms the importance of fully guaranteeing deposits below EUR 100.000 in the EU.

Reafirmam? Reafirmam o contrário da proposta que fizeram sexta passada… É assim o Eurogrupo… E se alguém disser que o fim que esta corja merece é o mesmo que teve o Rei D. Carlos ou o Luis XVI ainda são capazes de o chamarem de “radical” ou “populista”…

Para quem queira ir sabendo o que se vai passando aconselho a cobertura “ao vivo” que o Guardian faz disto..

Fica mais do que evidente, para quem ainda tivesse algumas dúvidas, que o Euro não é a moeda da zona Euro, o Euro é a moeda da Alemanha e seus satélites (Áustria, Holanda, Finlândia…). E sendo a sua moeda é também um dos seus instrumentos privilegiados para sugar os recursos da periferia e aprofundar ainda mais a relação desigual a nível económico, financeiro e de poder político no seio desta “União”, entre o “core” Alemão e o resto.

Está tudo mal, está tudo mal
Nesta Europa de Portugal

Pensar que algum processo de retoma económico é possível sob este jugo é imbecil. Só quem seja muito obtuso, ignorante ou tenha interesse no aprofundamento da actual crise, pode achar que algo de bom pode vir da manutenção desta União. Para começar, um país com os níveis de endividamento de Portugal (ou Grécia, Itália, Espanha, Chipre, Eslovénia, etc…) só pode sair da actual situação com uma profunda re-estruturação da dívida, incluindo o puro e simples cancelamento de parte dela, COMÉ ÓBVIO. Foi exactamente isso que possibilitou o chamado “milagre económico Alemão”, aliás no acordo de Londres foi na prática cancelada mais de metade da dívida Alemã.

Mas para se obter algo tão simples quanto isto é necessário equacionar seriamente a saída do Euro, porque o não pagamento/re-estruturação/renegociação da dívida só será possível rompendo com a actual lógica da União. Mais, se o Euro e a dívida são as ferramentas mais visíveis do estrangulamento económico das periferias, estão longe de ser os únicos instrumentos.

Toda a arquitectura institucional da UE, regulamentações, decretos e directivas, emitidos pelo Conselho ou pela Comissão, sobre a Saúde, a Educação, a Finança  ou os Transportes têm dois vectores fundamentais: A liberalização/privatização (proibição/limitação da intervenção directa do estado na economia) e a desarticulação do sector produtivo das periferias (mercado único)… Este é o alfa e ómega da política de toda a UE, claro que se é do interesse da Alemanha manter o controlo estatal directo nalguma indústria a regulação europeia é alterada ou não é cumprida. No caso dos países periféricos, as directivas são aplicadas impiedosamente (criando muitas vezes do ponto de vista da gestão e da economia situações absolutamente ridículas), e muitas vezes é o grande capital centro-europeu (às vezes até estatal!) que acaba por ficar a controlar os sectores que são privatizados na periferia… Exemplos no sector dos transportes, energias e outros não faltam…

Com isto não pretendo colocar todas as responsabilidades destas políticas na Alemanha, as elites domésticas dos periféricos desempenharam e desempenham em todo este processo um papel fundamental de activos colaboracionistas.

Ora, sem se romper com toda esta lógica é impossível sair da crise e manter regimes semi-democráticos.

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Claro que a saída do Euro, está longe de ser a única medida necessária:

– o controlo público da Banca (nacionalização, pois claro! Se até é o dinheiro dos contribuites que a está a sustentar!),

– uma política industrial a sério (mais sobre o tópico aqui, especialmente o texto do Chang),

– uma operação “mãos limpas” bastante sumária com confisco de propriedade em elevada escala,

– uma reforma do estado a sério (que o torne num eficaz instrumento ao serviço do povo e não, como em certos sectores, e.g. CGD, um depósito de primadonas do regime). Não confundir com o plano em implementação de destruição do estado social, o que a Troika/Passos agora estão a fazer resultará num afundar anda maior da economia (por via da contracção, ainda mais da procura), num desarticular dos serviços sociais essenciais para a manutenção de mínimos de vida dignos, em abrir novos mercados para gangsters amigos que irão vampirizar áreas como a saúde, educação e assistência social…

– satisfação das necessidades básicas para toda a população (saúde, educação, alimentação, habitação, trabalho/emprego e “utilities” como energia, telecomunicações, transportes). Pelo menos garantir que toda a gente tem acesso ao básico e se criem as condições para uma futura prosperidade.

Mas lá está, estas medidas não são possíveis (nem muitas delas legais) dentro do actual quadro das instituições Europeias. Sem romper, até diria mais, sem, no mínimo, debilitar seriamente a UE/IV Reich não é possível sair da crise.

E para quem acha que uma eventual saída do Euro teria um impacto catastrófico, que conduziria a congelamento de contas bancárias, redução do rendimento disponível em 50% e coisas do género, pergunto, MAS NÃO É ISSO MESMO O QUE JÁ ESTÁ A OCORRER? Em quanto se reduziram os rendimentos dos agregados familiares em portugal desde 2010? Qual o impacto somado dos cortes nos salários, aumento de impostos, aumento de taxas e inflação? E se a isso se somar o corte no rendimento proveniente de uma situação de desemprego? Para muitas famílias/cidadãos a redução de rendimentos desde os famosos PECs Socratistas até ao descalabro Passo/Troikista já superou a tal quebra de 50% no seu rendimento… E tão ou mais importante, qual é a tendência? Quais são as perspectivas, o que é que se prevê venha a acontecer mantendo o actual status quo?

As sucessivas revisões em baixo do PIB e para cima do desemprego são a resposta à pergunta. E não é só o palhaço sociopata Gaspar que errou as previsões. No Reino Unido, na Espanha, na zona Euro as perspectivas e os sinais são de contracção da economia e do agravar da crise económico-social. Ora com a economia a afundar-se como é que alguma vez se espera resolver a crise do Euro? Como é que pode haver uma base sustentada de resolução da crise? Como é que algumas alminhas “iluminadas” no início deste ano se atreveram a afirmar que a crise do Euro estava superada? Como é que agora há esta surpresa com o reacender da crise?

JustWhenitwassafe

Na Grécia a crise agrava-se, a Troika parece que fugiu do país a última vez que lá foi (terá sido das bombas que rebentaram nos escritórios de alguns políticos do governo, a manifestação dos militares, ou o puro e simples acumular de contradições irresolúveis?). Em Portugal o 2 de Março demonstrou que o governo não tem base social de apoio, todos os protestos anteriores incluindo os apertos ao Relvas no ISCTE e a Passos em Direito foram legitimados, ainda há pouco no ISCSP a coisa repetiu-se. A demissão do governo voltou a ser colocada na agenda, até por sectores do PSD aqui, aqui ou aqui. A Itália ainda não tem governo, e já passou um mês desde as eleições! Em Espanha, na França, no Reino Unido a crise agrava-se… E com várias dimensões, não só a económica, na Escócia já está marcado o referendo para a independência. E toda a forma como o Chipre está a ser tratado terá consequências geopolíticas imprevisíveis, mesmo que agora a UE fique por cima, a caixa de pandora abriu-se… E isto passa-se no mediterrâneo oriental, onde ainda o ano passado houve manobras militares Israelitas em torno das reservas de gás para contrariar as manobras da Turquia, os Britânicos ainda lá têm uma base. Os Russos perto de Chipre, na Síria, têm também uma base e nesse país decorre uma brutal guerra civil. O IV Reich está a atirar gasolina para a fogueira. Já para não falar nas repercussões que isto terá na própria Grécia…

As contradições acumulam-se e qualquer incidente pode fazer o caldo entornar. Se não for em Portugal será na Catalunha, ou em Itália, ou na Hungria, ou no Reino Unido, ou na Eslovénia…

Ultimatum

E termino com o termo que emprego no título deste Post, “Ultimato”. Chega-se ao ponto que dentro de uma “União” supostamente fraterna e solidária já se fazem “Ultimatos“. E um Ultimato é algo que depois de se fazer já não se volta atrás, mesmo que por agora a situação estabilize, será por pouco tempo. Em 1890 Portugal foi alvo de um Ultimato, a monarquia não caiu nesse instante, mas não recuperaria…

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Há quem tema que o poder possa cair na rua… Eu tenho esperança que isso aconteça! O melhor que poderia acontecer, aquilo que neste momento é absolutamente necessário é exactamente isso, o poder cair na rua. Que o povo se levante, de forma insurreccional se necessário, para tomar o poder nas suas mãos e impor uma mudança de rumo e travar a marcha rumo ao abismo e à Guerra. Que a escumalha que dirige a UE e Portugal pague por aquilo que anda a fazer.

O que temo é que não haja a coragem e lucidez suficientes para romper com o Euro e a União Europeia. O que temo é que quando “as pedras da calçada voltarem a voar”, a Esquerda institucional venha em coro condenar os excessos da populaça. Porque este é daqueles momentos em que é uma NECESSIDADE “tomar os céus de assalto“…

“Tomar os céus de assalto”, uma expressão muito poética, mas que tem de se concretizar e quando se concretizar nem tudo vai ser beijinhos e abraços, nem pode ser!

Uma revolução não é uma festa, ou escrever um ensaio, ou pintar um quadro, ou fazer um bordado. Ela não pode ser muito refinada, vagarosa e suave, nem comedida, gentil, cortês, discreta e magnânima. Uma revolução é uma insurreição, um acto de violência, mediante o qual uma classe subjuga a outra. — MAO TSE-TUNG

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11 Responses to Ultimato

  1. Filipe says:

    Acho que está na altura de Portugal junto com os paises periféricos, mandar esta UE para a puta que os pariu! Quanto mais depressa melhor!

  2. anónimo says:

    Este ultimato é uma vergonha. Portugal devia desde já resgatar as suas aplicações dos Fundos da Segurança Social e disponibilizar-se para os emprestar (sem juros) ao Chipre de forma a que este possa cumprir as suas obrigações perante os depositantes, incluindo os provenientes da Russia. Aí sim se veria a verdadeira solidariedade Europeia para com o povo Cipriota, vítima de um sistema bancário ao estilo “paraíso fiscal” abalado pelo perdão da dívida Grega.

    • De says:

      O ultimato é uma vergonha.
      Só mesmo alguns muitos distraídos ou cúmplices com o jogo sujo dos alemães e cia é que não enxergam isso.
      E o humor torna-se um pouco néscio quando se fala desta forma sobre Portugal e a “solidariedade” europeia. Como se neste jogo Portugal estivesse em campo.
      Há muito que a direita sob a batuta neoliberal/pesporrenta obedece de forma cega, surda e leda à troika, lambendo as migalhas que sobram.Sabe o que faz e sabe pelo que faz.
      A resposta tem que ser dada de acordo com o que nos estão a fazer.

  3. anónimo says:

    A Europa, mais uma vez, está apostada em destruir a economia de um país pequeno que deixará de contar com uma importante fonte de rendimentos proveniente do seu sistema bancário (http://economico.sapo.pt/noticias/actual-modelo-economico-do-chipre-esta-morto_165429.html). É uma vergonha a falta de solidariedade dos seus parceiros europeus!
    Felizmente, o que este ultimato está a fazer é a empurrar os Cipriotas para a Rússia que compreende perfeitamente o conceito de solidariedade e não hesitará em o demonstrar (http://economico.sapo.pt/noticias/chipre-regressa-de-moscovo-de-maos-vazias_165427.html).
    Há alternativas ao ultimato e o Chipre servirá de exemplo para o que outros países deveriam fazer!!

    • anónimo says:

      Portugal já há muito que devia ter prescindido dos financiamentos da Troika e pedido ajuda ao Brasil. O nosso “país irmão”, em processo de crescimento económico, governado por um partido de esquerda (que não se sujeita à ditadura neo-liberal das agências de rating) de certeza que estará disponível para comprar a nossa dívida, ou mesmo doar fundos em nome da solidariedade de séculos.
      http://economia.terra.com.br/noticias/noticia.aspx?idNoticia=201103292114_EFE_79591797
      “A única alternativa que nós vemos para esse caso (a baixa classificação dos bônus portugueses) é comprar títulos que não são triplo A com uma garantia”

      Há alternativas ao ultimato que nos foi imposto pela Troika!

      • De says:

        Anónimo continua a insistir insistir,flectir,flectir, insistindo e flectindo na mesma tecla,
        Mostra afinal que está incomodado.Muito incomodado pelo que passa no Chipre.
        Não gosta que se vislumbrem alternativas ao caminho imposto pelos que obedece,venera,defende e é cúmplice.Até se percebe porquê.Defende a sua classe com unhas e dentes.E se possível for, até adicionando algumas barbaridades para ver se passa
        Como essa do Brasil,por exemplo.O Brasil “não sujeito à ditadura neoliberal” etc e tal “das agências de rating” tal e etc.
        🙂
        Outro.Uma fraude.Afinal mais uma fraude.
        No plano ideológico os governos Lula e Dilma permaneceram e permanecem perfeitamente enquadrados no ideário do neoliberalismo. ”
        “O substrato do modelo econômico brasileiro repousa, em última instância, na crescente exploração do trabalho – a verdadeira galinha dos ovos de ouro do capitalismo brasileiro. A gritante discrepância entre os ganhos de produtividade do trabalho e a evolução dos salários põe em evidência que, mesmo numa conjuntura relativamente favorável, o progresso não beneficiou os trabalhadores. Não à toa, a propaganda oficial omite o fato de que, no final do governo Lula, o salário médio dos ocupados permanecia praticamente estagnado no mesmo nível de 1995. A perversidade do padrão de acumulação em curso fica patente quando se leva em consideração a distância de quase quatro vezes entre o salário mínimo efectivamente pago aos trabalhadores e o salário mínimo estipulado pela Constituição brasileira e calculado pelo Dieese”

        2013-05-01-11-17-22

        Percebe-se o insistir,insistir,flectir,flectir do anónimo.Quando fala no Chipre está a tentar extrapolar para o que se passa em Portugal.
        E faltando-lhe a coragem para admitir de forma frontal a defesa ideológica do caminho de sentido único,esboça estas tentativas um pouco pívias de o fazer.
        No fundo um “colaboracionista” troikiano.Da interna e/ou da externa claro, mas sempre com um forte sotaque germânico

        🙂

    • De says:

      Há qualquer coisa de “estranho” neste comentário :
      -A “europa” de facto, sob a pata da alemanha, faz um ultimato a Chipre.
      -Parece que o anónimo tem dúvidas sobre a caracterização da situação e desvia o campo para a “solidariedade” da Rússia, “esquecendo-se” que os “negócios” (para usar a linguagem néscia da germânica citada) não repousam neste conceito.
      -E de uma forma um pouco caricata e de forma pretensamente taxativa aponta o Chipre como um exemplo,culminando a frase, o parágrafo e o texto com pontos de exclamação alusivos
      🙂
      Um Barroso fora de moda, com toda a certeza.E como Barroso tentando desta forma um pouco canhestra demonstrar que o chefe é para ser obedecido.

      O pior é que há quem tenha a mania de não obedecer aos ultimatos.

      Essa história de andar com a coluna vertebral direita não é para todos. Parece que Gaspar e Passos já não andam,apenas rastejam

  4. nina luz says:

    ‘lebensraum’. explicará muita coisa. mas chamaram-me doida varrida (para além de ‘conspiracy theorist’) quando mencionei o conceito, faz uns dois anitos, aqui pelas bandas do ‘posterior beijado’ (grande Bordalo Pinheiro! lol)…
    obrigado pelo artigo.

  5. Nuno Cardoso da Silva says:

    “…o fim que esta corja merece é o mesmo que teve o Rei D. Carlos…”

    E o que foi que o Rei D. Carlos fez para merecer ser assassinado pelos esbirros da burguesia? O ter dito que “Portugal era um país de bananas governado por sacanas”? Era então e ainda é hoje. Ou os actuais sacanas há muito que tinham sido corridos.

  6. Rocha says:

    Os imperialistas que propaganderaram a “Europa social” e a “Europa da coesão” com a sua esmola/suborno dos “fundos de coesão” já nessa altura estavam empenhadíssimos em privatizar tudo que estava mais à mão e em precarizar as relações laborais. É claro que nunca se devia ter acreditado em capitalistas/imperialistas fossem eles da Internacional Socialista ou das muitas “famílias” do neoliberalismo, porque todos eles são iguais, todos eles são burgueses.

    Mas pior que essa mentira patética de que a burguesia iria defender o Estado Social – mais ridícula ainda depois do fim da União Soviética – é a a mentira que a União Europeia significaria pelo menos uma Europa de paz. Paz que nunca realmente existiu nas guerras que os imperialistas europeus arquitectaram e executaram através da NATO,(inclusive na Europa do Leste e dos Balcãs, com,a demolição programada da Jugoslávia e com a criação do protectorado da NATO do Kosovo através duma máfia narco-islamita chamada UÇK).
    Hoje temos guerra imperial contra os povos que têm riquezas minerais e petrolíferas que os imperialistas do directório de poder europeu (Alemanha-França-Inglaterra) querem recolonizar e temos guerra económica das potências do centro da Europa contra toda a periferia da zona Euro e da União Europeia (não é só a zona Euro que está a ser agredida, não esqueçamos que a Bulgária também foi agredia pela burguesia alemã e austríaca no caso da tarifas eléctricas acima do salário mínimo da Bulgária).

    A União Europeia e a zona Euro são perfeitamente iguais à organização terrorista do imperialismo , a NATO. Nem paz, nem pão: o grande capital europeu não cumpre nenhuma das suas promessas e está em guerra contra os povos da Europa e do Mundo.

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