Um dia há muito aguardado, o “dia em que a Margaret Tatcher morreu”. No Reino Unido causou alguma polémica o site em que se aguardava ansiosamento pelo pretexto para a celebração, isthatcherdeadyet… Por todo o Reino Unido (e para além disso), irá se celebrar a morte daquela é talvez o rosto primeiro e a figura icónica do neo-liberalismo. Já abundam as canções celebratórias, que não cabem numa playlist…
Tatcher foi a figura de proa da contra revolução conservadora que varreu o mundo a partir dos anos 80. Entre muitas outras coisas, foi a uma das principais protagonistas da política de desindustrialização, de destruição e desmantelamento do sector produtivo, de promoção da financeirização da economia e da radical redistribuição da riqueza em favor das elites à custa do trabalho e dos sectores populares. Tatcher morre no momento em que a falência das políticas que implementou se começa a tornar indisfarçável, como de resto mesmo a imprensa mainstream admite (até o insuspeito Wall Street Journal aceita essa hipótese…).
Em grande medida, Passos-Gaspar-Portas têm esta personagem como musa inspiradora… O meu prognóstico é que sairão de cena da mesma forma, com uma explosão popular nas ruas…
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We love you Mrs.Thatcher !
Festa? Pois eu digo que tem de haver um tribunal de Nuremberga que leve toda esta cambada de canalhas capitalistas europeus para a forca, para que haja uma festa digna desse nome.
Morreu uma fascista? Ainda há tantos que cá ficaram…
Fascista??
Thatcher foi eleita por sufrágio universal num país livre onde as liberdades fundamentais nunca foram postas em causa. Enfim, o contrário de todos os regimes socialistas que já existiram e com que simpatizas. Esses sim, muito mais próximos do fascismo.
http://aessenciadapolvora.blogspot.pt/2013/04/e-hoje-esticou-o-pernil-gaja-que-chamou.html
A gaja que chamou terrorista a Mandela e tomou chá com bolinhos com Pinochet.
É isso mesmo
Um nojo.Mas há mais
As liberdades fundamentais incluem o assassinato a sangue frio de um cidadão brasileiro no metro de Londres?Onde se registou um apagão histórico nas câmaras de vigilância?
Ou o assassinato de Patrice Lumumba sujo ,sórdido e nojento?
http://actualidad.rt.com/actualidad/view/90648-patrice-lumumba-mi6-asesinato-park
Mas há mais.E tanto mais
É bom não esquecer quem era esta “colaboradora” do racismo sul africano
http://adargumentandum.files.wordpress.com/2013/04/534059_366387696810138_1918662590_n.jpg?w=300&h=187
http://imagens8.publico.pt/imagens.aspx/762738?tp=UH&db=IMAGENS&w=749
(Thatcher em vez de Tatcher)
Tatcher morre no momento em que a falência das políticas que implementou se começa a tornar indisfarçável.
Devias escrever guiões de filmes revolucionários, Francisco. Tens um jeito para torcer os factos que é quase poético.
O Lucas tem jeito para retorcer os factos.
Tanto jeito como para tentar camuflar a orientação dos ditos “comentadores” que oscilam entre a direita caceteira e a neoliberal.
Ou tanto jeito como para os seus amores pelos autos de fé contemporâneos
(Nada poéticos diga-se de passagem)
Que se há-de esperar de Don s?
Comemorar a morte de alguém é infantil. Mesmo que seja a Tatcher.
Engana-se meu caro. É, outrossim, exercitar aquilo que distingue a maturidade da infância: a memória. E é lembrar, igualmente, todos aqueles que foram espezinhados e atirados para o lixo por essa zelota sociopata do neoliberalismo fascizante que agora, tarde e a más horas, se vai. Ao politicamente correcto prefiro eu a coerência das opiniões e dos actos. E a morte, ao contrário do que se pensa, não lava tudo.
Thatcher morreu com a missão cumprida. Se quiseres podes fazer a festa em cima das pedras de um muro vergonhoso que ela ajudou a derrubar.
E dessa missão cumprida, meu caro, estamos nós a sofrer agora as consequências. E que boas que elas são! Quanto a muros, há quem os derrube num lado para os erigir noutros lados. Já notou que a visão por cima das fronteiras de Portugal e da Grécia se tornou impossível? É o cordão sanitário ( uma outra espécie de muro) neoliberal. O actual caos europeu é a hidra nascida do embrião engendrado a meias, nos idos de 80, por um cowboy de opereta e por uma filha de um merceeiro. O maior, mas não o único, dos seus crimes de bem sucedida dupla de bandoleiros internacionais.
Notável.Sempre notável. Tal como o anterior comentário.E com um classe de se lhe tirar o chapéu
Pena que não o tenhamos por aqui mais vezes, meu caro Imbondeiro
Agradeço as suas amáveis palavras, caríssimo De, mas a sua leitura dos meus singelos apontamentos fica a dever mais à sua gentileza do que aos meus poucos méritos. Muito gostaria de participar mais, contudo, se por aqui anda gente que é um gosto ler e com a qual bastante se aprende, outra por aqui se passeia que não vale o esforço de um arrastar de dedo pelo teclado. Quanto ao resto, sigo as máximas que sempre segui na vida: dizer o que penso; pensar o que digo; saber do que falo; falar exclusivamente quando tenho algo a dizer; não desperdiçar tempo com quem não quer aprender. Um abraço.
Oh Xico não te estiques, a Thatcher não era assim tão estúpida.